quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Cajado de Moisés

Muitos que tenho encontrado por esta jornada da vida, dizem que não têm condições financeiras, sociais ou intelectuais para alcançar os seus objetivos. Costumo contar-lhes a história de Moisés, o homem que mudou o destino da humanidade, usando o seu cajado e a sua fé em Deus.

Moisés tinha 80 anos, era Pastor de ovelhas, e estava refugiado no deserto, porque matara um egípcio; quando Deus apareceu numa planta ardente e o convida para libertar os hebreus do julgo do Faraó.

Ele colocou muitos obstáculos para Deus agir em sua vida. Diante de tanta teimosia, Deus pergunta o que ele tinha em mãos, responde que é uma vara. Deus ordena que a jogue no chão, imediatamente ela se transforma em uma cobra.

Deus, mais uma vez, ordena que a pegue pelo rabo; como pegar uma cobra pelo rabo, se nem os especialistas do Butantã fazem tamanha loucura, geralmente pega-se pela cabeça? Num ato de coragem pega a cobra e, imediatamente, volta a ser a sua vara de Pastor de ovelhas.

Daquele dia em diante, Moisés foi outro homem. Com aquela simples vara, derrotou as serpentes dos mágicos do Faraó, abriu o Mar Vermelho, fez brotar água na rocha. O resto da história você já sabe. O que o velho Moisés tem a ver conosco? Tudo. Geralmente, colocamos uma série de desculpas para explicar o nosso comodismo, sempre faltando isto ou aquilo para alcançarmos o sucesso desejado. Normalmente, o culpado é o outro, nunca somos os culpados.

Adoramos de "chorar as mágoas" em vez de contar o sucesso.

Gostamos de estar com fracassados, porque nos sentimos iguais.

Solitários, fazemos parte de uma nação que será "o país do futuro", mas quando?

É hora de ver o que temos em mãos, não importa a idade, a profissão, a raça, o grau de escolaridade ou a situação financeira.

Com a nossa força construiremos um país melhor e mais justo. Sacudamos a poeira da fracassomania, das lamentações e encaremos o presente com determinação dos vencedores.

Vivemos na terceira maior cidade do mundo, somos o país mais rico e poderoso da América Latina, já é o momento de fazermos a diferença em nossa geração. Além de sermos tudo isso, estamos passando por um processo de mudanças sociais, com denúncias de fiscais e vereadores corruptos, a prisão de políticos e policiais envolvidos com o crime organizado, nunca em toda a nossa história tivemos tantas chances de mudanças.

Para fazer a diferença na sociedade não é preciso ter diploma, dinheiro, posição social, ser artista ou político; basta apenas desafiar o comodismo que encontraremos em outras pessoas que também farão o mesmo. O difícil é começar. A exemplo de Moisés, o que temos em nossas mãos?


Autor desconhecido
Extraído do Boletim Noticioso 2000 -
nº 70 - 71.
do Grande Oriente do Rio Grande do Sul.

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